Beyoncé resguarda seu legado como vanguardista do audiovisual

Assim como o leão é considerado o “Rei da Selva”, Beyoncé pode ser considerada a “Rainha do Audiovisual e Entretenimento”. Com a recém chegada de mais um material impecável, Beyoncé se mantém na vanguarda do movimento de impactar os fãs e a imprensa especializada com lançamentos inéditos e com qualidade inigualável no mercado.

“Black Is King” é seu empreendimento mais elaborado, aguardado e dispendioso de sua carreira, que já acumula milhões de dólares, prêmios e hits, e não seria diferente com este projeto, que segue aclamado pela crítica especializada, com 100% de avaliação no site Rotten Tomatoes.

O filme se tornou parte do álbum visual “The Lion King: The Gift”, e integra a trilha sonora do live-action “O Rei Leão”, lançado ano passado pela Disney e que agora disponibiliza com exclusividade a novidade em sua nova plataforma de streaming, o Disney+ (ainda indisponível no país). Porém os fãs não aguentaram esperar o impasse do lançamento no Brasil e já encontraram formas de disponibilizar o conteúdo através de links e outras plataformas de vídeos.

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Black Is King é uma refilmagem da clássica história do Simba, do desenho “O Rei Leão” só que em sua versão humana e cheio de (re)significados e divindades, estas em sua maioria africanas ou com descendência, que compõe o legado da Beyoncé em sua forma de enxergar o mundo e como pretende deixá-lo para seus filhos e netos e posteridade.

Família esta inclusive presente no filme, Beyoncé colocou todo mundo para trabalhar: Jay Z (o marido), Tina Knowles (mãe), Kelly Rowland (prima), Blue Ivy, Sir e Rumi Carter (filhos) e ainda encontrou espaço para os amigos que não só compõe a trilha como Naomi Campbell, Lupita Nyong’o, Pharrell Williams, Burna Boy e outros.

O filme gravado em diversas partes do mundo, representa a força da ancestralidade perpetuada de geração em geração, através dos laços sanguíneos e/ou do amor, que em sua plenitude preenche os vazios deixados e marcados pelo tempo e espaço, curando as feridas e cicatrizes.

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O vídeo traz além de uma trilha sonora impecável (que após um ano compreendemos), uma fotografia exemplar e um figurino a altura, onde Beyoncé aparece trocando de roupas inúmeras vezes, assim como ela faz em suas turnês, (geralmente cada música com um look diferente no palco).

Destaco aqui os pontos visuais mais fortes do vídeo: o começo da jornada, onde a cantora aparece na praia e dá início à saga do protagonista. Já em “Mood 4 Ever”, os looks impactantes da família Knowles-Carter é contagiante que te hipnotiza na tela. Em “Brown Skin Girl”, Bey aposta na delicadeza de afetos e toques suaves que nos trazem nostalgia em tempos de isolamento social e finaliza com a poderosa “My Power” que destaca uma Blue Ivy Carter como promessa da música pop mundial e emenda com o já conhecida “Spirit”, porém de uma forma ainda desconhecida, complementada com um coral evangélico compondo a introdução.

Beyoncé resguarda seu legado com legitimidade de uma artista a frente de seu tempo, e é impossível de não afirmar que a própria, se valeu das referências que o mestre Michael Jackson deixou com seus vídeos e eras marcadas pelo vanguardismo de uma mente inquieta, brilhante e complexa.

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Andy Santana

CEO do Soda Pop, fotógrafo, inquieto, formado em moda e que ama música. Não exatamente nesta mesma ordem!

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