#Crítica: O Dancin’ Days continua vivo e colorido
Sintetizadores, roupas coloridas e o glam da noite dos anos 70, estão de volta e nunca estiveram tão na moda. “O Frenético Dancin’ Days” resgata a memória da lendária boate fundada em 1976, pelos amigos Nelson Motta, Scarlet Moon, Leonardo Netto, Dom Pepe e Djalma.
Nelson Motta que vinha de arriscadas tentativas de sucesso com música, e que só tinham dado prejuízos, recebeu de presente um espaço para ser utilizado por apenas e restritamente 4 meses, e o transformou no nome da noite carioca, comparado até com boates internacionais, recebendo não só grandes nomes da TV e do high society brasileiro, mas grandes personalidades estrangeiras que passavam pelo país na época.
Psicodelismo das drogas sintéticas bem como o sexo desenfreado, são apresentados em meio às músicas mais icônicas que já temos notícia. Village People, ABBA, Donna Summer são apenas algumas dos artistas que deram sua contribuição para abrilhantar as pistas mundiais, e como isso chegou ao Brasil? Nelsinho em uma viagem aos EUA trouxe na bagagem muitos discos para fomentar a noite dos cariocas.
Para eternizar um momento não requer manual de instruções e sim criatividade, o que não faltava à turma que de tão loucos com as drogas pensavam e agiam com a velocidade da luz, garçonetes com habilidades artísticas se tronaram o grande diferencial da boate, e assim surgiu o grupo “As Frenéticas”, que não só lotaram o estabelecimento como fizeram carreira na música brasileira.
Um época para deixar saudades, mas sempre que possível revisitada. Fernando Cozendey foi o responsável por transpor a eterna libertação sexual através de looks para as pistas. “O desafio foi trazer o shape 70 atualizado, criar algo que ainda provocasse espanto, alegria e libertação para um público em 2018. O espetáculo para mim é sobre transgressão de ser, vestir, dançar, existir“, acrescenta. Vale a pena ficarem atentos aos looks glamorosos brancos e ao look unicórnio.