#Desfile: ‘Essa mistura do Brasil com Egito’ por Isaac Silva
O estilista Isaac Silva, é famoso pelo seu DNA nordestino que imprime nas peças que cria para a sua marca homônima, que já vestiu grandes intérpretes brasileiras como Elza Soares. Na coleção apresentada nesta segunda-feira (8), na 45ª Casa de Criadores, o designer optou por desvincular a imagem com suas raízes nordestinas para criar uma coleção que ainda sim, tem ligações diretas com seus ancestrais.
Batizada de Egito, e abençoada por um discurso de abertura pelo Caetano Veloso, Isaac trouxe peças luxuosas em cores, caimentos e brilhos, com turbantes e um make que remetia às divindades faraônicas, a coleção foi elaborada em três blocos, divididos pelas cores/estampas.
No primeiro bloco, as dividades são relembradas pelo tom opaco de ouro e pelas referências à Nerfertiti encarnada na passarela pela modelo Carmelita, e por referências claras à Tutancâmon e outras divindades egípcias. No segundo bloco, as cores invadem a passarela misturada com estampas tridimensionais, alegrando e lembrando da opulência do egito Antigo.
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Fechando o desfiles estão as cores mais puras, como o branco encontrado no interior das esfinges, características das múmias enterradas nas tumbas. Os destaques são para as maravilhosas jaquetas, item de desejo imediato, para as peças oversize com amarrações e também merece atenção o look de abertura que traz os ares de quimono reforçado pelas outras coleções apresentadas durante a semana de moda.
O desfile do Isaac tem cheiro de passado quando comparado com o que o Gaultier já fez na passarela pela Dior, porém é revitalizado com doses de pop nacional, ganhando assim ares autorais e atuais, assim como a Katy Perry que usou e abusou das referências em Dark Horse, a coleção chega com forte sotaque de Margareth Menezes com seu Faraó.