#Entrevista: 10 perguntas para Rod Hanna

A maior banda brasileira especializada em Disco Music, a “Rod Hanna” e que está com shows agendados em São Paulo para outubro, participaram do “10 perguntas para…” e revelaram tudo sobre a era das discotecas, sucessos, artistas inspiradores e claro, novos sonhos! Venha descobrir mais sobre esta banda que já tem mais de 30 anos de carreira e é referência no assunto Disco.

Soda Pop: Sendo a maior banda Disco do Brasil, qual o segredo desta longevidade?
Rod Hanna: A Disco music foi o momento mais sofisticado da música Pop, as harmonias são altamente elaboradas, os arranjos maravilhosos com orquestra e muito emotivas pois nasceu de um período pós guerra nos Estados Unidos, onde as pessoas queriam voltar a serem felizes. E ao mesmo tempo super populares e dançantes. É um estilo musical que foi e sempre será lido e relido pelas novas gerações. No caso da banda o segredo é o aprimoramento e a parceria, eu (Rodrigo Laguna) e a Nora Hanna somos casados há 30 anos estamos juntos há 32 e esse ambiente familiar se estende aos músicos, balé e equipe técnica. Estamos também com a Poladian há 9 anos, somos o único grupo brasileiro da casa.

SP: Durante estes mais de 30 anos de carreira, qual foi a maior realização e a maior frustração que a banda teve?
RH: Difícil definir qual foi a nossa  maior realização pois conseguimos sustentar 2 filhos, colocar em boas faculdades e agora temos um temporão de 4 anos, além do neto de 1 ano, tudo isso foi viabilizado pela nossa carreira musical. No Brasil isso não é tão fácil, principalmente por tanto tempo.

Frustração, minha pessoal é de ainda não ter emplacado uma música própria, sou compositor e arranjador, trabalhei em paralelo com os shows por 15 anos fazendo Jingles e trilhas, mas ainda não descobri o segredo de fazer uma música estourar. Mas estamos trabalhando nisso.

SP: ‘Mamma Mia’ nos cinemas, ‘O Frenético Dancing Days’ no teatro, como vocês vêem este resgate da era disco hoje em dia?
RH: Em julho fomos ao musical Summer, “The Donna Summer Musical” que é a bola da vez na Broadway, além dele Mamma Mia e Priscilla também sucesso no cinema e agora no Brasil “Dancing Days”. Começo a pensar que a mídia dá alguns pequenos descansos da Disco Music e dali a pouco volta com tudo pois a inspiração desta era é eterna.

Nós somos muito amigos das Frenéticas, fizemos vários shows juntos, a Lidoka ficou hospedada em casa enquanto fazia tratamento no hospital do câncer em Barretos. Elas participaram do nosso primeiro DVD que talvez seja o principal registro ao vivo, pelo menos foi o que a Lidoka nos disse, que elas nunca tinham feito um show pra tanta gente, 10 mil pessoas na gravação do nosso primeiro DVD em 2005.

Rod Hanna (Divulgação)

SP: Vocês que amam musicais e realizam shows com músicas famosas de musicais, acreditam que pelo Brasil ser um dos maiores produtores deste segmento ajuda na identificação com o show?
RH: Carmen Miranda foi a grande estrela da Broadway nos anos 40, dizem que ela até salvou a Broadway do esquecimento, deixando-a mais espontânea, mais divertida e mais brasileira. Talvez ela tenha levado um  pouco de Oscarito e Grande Otelo pra lá ou seja, talvez por isso o brasileiro goste tanto.

SP: A era Disco é sempre revisitada, hoje quem seria a melhor representação desta época e porque?
RH: Uma das músicas mais tocadas neste verão este ano é “Together” do Dj Alex Gaudino & Nari, a parte instrumental que predomina na música toda é uma citação de Zoadiacs (Roberta Kelly e Giorgio Moroder). A House está de volta com força total e ela é a filha da Disco, começou assim nos anos noventa remixando Hits da discoteca.

Acho que Bruno Mars é o que mais bebe dessa fonte, tanto nas músicas como nas roupas, clipes e coregrafias. Justin Timberlake estourou em 2016/2017 com Can’t Stop the Feeling que é totalmente Disco ou NU Disco como são chamadas hoje. Mas o grande detonador dessa volta foi Daft Punk que chamou Nile Rodgers do Chic pra dividir a produção de Get Lucky.

SP: Vocês já gravaram com vários artistas tanto internacionais quanto nacionais, com quem ainda gostariam de gravar ou realizar um show?
RH: Nós estamos gravando há 3 anos com o David Cochrane dos Commodores temos lançado aqui e lá nos Estados Unidos e ainda sem muita repercussão, mas acredito que a próxima música que se chama New Old Love vai estourar, vamos lançar em breve. Dividimos o Palco com Giorgio Moroder e conversamos sobre gravarmos algo juntos, seria um sonho realizado.

SP: A conectividade e as redes sociais aproximaram os jovens que não vivenciaram a disco, como é a relação de vocês com este público?
RH: Acho que a moçada antenada está cada vez mais buscando coisas que estão fora da mídia, pois as coisas tem meio que se nivelado por baixo. Temos fãs de todas as idades e nos sentimos um elo entra a Disco e as novas gerações.

SP: O que vocês escutam atualmente em suas playlists?
RH: Além do Justin e Bruno Mars, os clássicos como Earth Wind and Fire, sou fã e amigo do Kiko Zambianchi e do Thomas Roth, compositores brasileiros de primeira. Entre a nova geração Dua Lipa e Ana Vitória.

SP: Quais são os planos da Rod Hanna?
RH: Aprimorar e revisitar a Disco Music e os nossos shows de maneira criativa e inovadora, conquistar  realmente um espaço internacional e gravar autorais que sejam ouvido por um grande numero de pessoas.

SP: Qual a melhor definição para Rod Hanna e a Disco?
RH: Rod Hanna, a banda Disco do Brasil, é um Elo entre a Disco Music e as novas gerações.

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Andy Santana

CEO do Soda Pop, fotógrafo, inquieto, formado em moda e que ama música. Não exatamente nesta mesma ordem!

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