#Entrevista: Luísa Sonza fala sobre Pandora, carreira, Beyoncé e Pabllo Vittar

Luísa Sonza, aquela ‘Boa Menina’ transformou os problemas familiares e o amadurecimento precoce, em combustível para a evolução musical e profissional que despontou lá atrás com os covers que dominaram e viralizaram na internet. Hoje, apontada pela Anitta como promessa do pop nacional, Luísa abriu sua caixa de “Pandora” e mostrou tudo sobre a nova fase da sua carreira, com um álbum autoral e muito emocional.

‘Eliane’ primeira faixa do álbum Pandora, não é atoa a sua escolha, é o nome da sua mãe, a guerreira que além de dar forças, apresentou a história de luta da sua família, que aprendeu a sobreviver apenas com mulheres “A história do mito Pandora, apresenta que o medo e as coisas ruins foram libertas para a humanidade, mas o que eu penso, é que todas estas coisas ruins que vivemos, são aprendizados. É algo que nos faz evoluir e é essencial para gente, é olhar para o ser humano e entender que ele tem sim o lado ruim, o lado bom, que ele faz escolhas erradas, mas que acima de tudo ele é humano como a gente.

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Para conseguir chegar ao resultado do álbum, Luísa buscou em sua essência e em sua história familiar as energias necessárias para colocar pra fora, sua avó que sofreu com violência doméstica, perdeu o marido assassinado e teve que cuidar das meninas (filha e neta) sozinha, o empoderamento e a força hoje encontrada em letras quase que autobiográficas são desta razão.

Ao escolher Pabllo Vittar como parceira musical e primeiro single a ser trabalhado foi simples e puramente por ser fã declarada da artista e por partilhar das mesmas lutas. “Primeiro que admiro a Pabllo como artista e como pessoa, ela tem um talento maravilhoso, ela dança, ela canta bem, ela é naturalmente incrível. E também pelo o que ela representa e pelo o que me identifico, é a mesma fonte de opressão pelas quais passamos.” Referenciando ao próprio nome do álbum, Sonza afirma que a Pabllo é a artista mais fora da caixa no país.

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Sobre os planos de turnê e apresentações de Garupa, a loira pretende trabalhar a canção em diversas mídias junto e separadamente com a Pabllo e para o novo show que tem estreia em São Paulo, ela já pediu para a equipe criativa 30 ensaios para chegar ao nível de perfeição “Pô a Beyoncé no documentário “Homecoming” falou que ficou 4 meses ensaiando, eu só estou pedindo 30 ensaios!“. E aos fãs mandou recado “Podem criar expectativas, podem esperar“. Com o show ela pretende estender o conceito de Pandora e de várias Luísas, e a estrutura também será levada para os lugares que comportarem o show, criando uma experiência com o espetáculo.

A capa do CD é uma clara referência ao aclamado álbum Dangerous do Michael Jackson, e ela explicou que a escolha de um artista nordestino para a criação da arte foi por beber da raiz do pop, e até hoje Michael é considerado o rei do pop, portanto a parte das polêmicas envolvendo seu nome e legado, ela focou na contribuição que o artista deixou para a música mundial. Ainda sobre o pop nacional, a sulista explicou que artistas internacionais usam e abusam de vertentes do pop como músicas lentas e farofas (músicas com letras chicletes e para pistas de danças) e é isso que os fãs vão escutar no álbum e no show.

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Andy Santana

CEO do Soda Pop, fotógrafo, inquieto, formado em moda e que ama música. Não exatamente nesta mesma ordem!

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