#Crítica: Distopia Brasil – um espetáculo para bolsominions assistirem

O diretor Pedro Granato conseguiu mais uma vez surpreender o público e se superar com sua nova montagem “Distopia Brasil”, que além de ser um retrato dos tempos obscuros pelos quais estamos passado, estampa em luz, cor e imagem aquilo que governantes tentam mascarar como ato falho de um passado distante.

Um púlpito, uma seita (ACEITA!) e um patriarca, revelam a sociedade brasileira que condena quem é “diferente” dos parâmetros impostos pelo livro mais antigo da humanidade. A lavagem cerebral pela qual muitos religiosos passam e acreditam que é a verdade absoluta, é apresentada de forma inteligente e sarcástica por atores que transmitem a verdade nua e crua, em forma de ordens pela moral dos bons costumes e da sociedade heteronormativa.

Distopia Brasil, segue a linha de trabalhos anteriores do diretor, que em forma de linguagem e imagens busca sempre elucidar e criar conexões com o público que fica arrebatado na cadeira do teatro, sem saber o que esperar ou no que vai se meter no próximo ato. Inspirado em conceitos como o do livro “1984” em que o “Grande Irmão” tudo vê, tudo observa, o público é imerso em imagens captadas e transmitidas em tempo real, presos como em um reality show da TV brasileira.

Se você perdeu a oportunidade de assistir no Centro Cultural São Paulo, não fique triste, pois com sessões esgotadas, o espetáculo muda de casa, para uma nova temporada na Funarte.

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Andy Santana

CEO do Soda Pop, fotógrafo, inquieto, formado em moda e que ama música. Não exatamente nesta mesma ordem!

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