#Crítica: “Hollywood” mistura cinema com orgia e a ascensão da Academia

A nova série original da Netflix “Hollywood”, traz novamente a dobradinha de sucesso entre o diretor Ryan Murphy e do ator Darren Criss (Glee e O Assassinato de Gianni Versace – todos disponíveis na plataforma de streaming) e aposta em um elenco que conta com: David Corenswet, Jeremy Pope, Jake Picking e Laura Harrier.

A série ambientada na efervescente Hollywood dos anos 40, apresenta dramas densos e que toca em feridas que ainda machucam a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Oscar), como o preconceito com raças, misoginia e abusos sexuais.

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Buscando seu lugar ao sol, “Hollywood” tem em seu enredo a concepção de um filme dirigido por um jovem e inexperiente, com descendência asiática Raymond (Darren Criss) que tenta a todo custo fazer jus ao nome de uma atriz asiática Anna May Wong (Michelle Krusiec) injustiçada na Academia. Em paralelo, Raymond namora uma aspirante atriz de cor (como era referida na época) Camille (Laura Harrier). Camille briga por um papel de destaque, não o de sempre, como empregada e com poucas falas, em alguma produção do estúdio que é contratada.

O estúdio ACE está busca um novo filme para produzir e o encontra no roteiro de Archie (Jeremy Pope), porém desconhecem a cor de sua pele e tentam barrar a participação do mesmo na produção. Jack (David Corenswet) que sem experiência em longas busca sua primeira oportunidade, usa de seu corpo e beleza para se manter vivo na indústria, trabalhando como michê em um posto de gasolina.

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Este enredo que mostra o lado escuro da podre Hollywood pós cinema mudo, é um misto de descobertas com o “eu já sabia“, mas revela diálogos pesados e formas de conseguir o sonho inatingível para muitos, o estrelato e o sucesso na indústria do cinema mundial.

Destaque especial para a participação de Jim Parsons (astro de The Big Bang Theory) como o implacável e inescrupuloso Henry Willson, um gay que usa sua influência para abusar sexualmente de clientes e pedir favores por esconder segredos das pessoas.

Ryan Murphy consegue colocar cenas de sexo, orgia, preconceito e amor em doses que te levam ao choro com o fim da primeira temporada. Sem deixar espaço para interpretações futuras ou possíveis finais em aberto, Murphy ascende a chama dos fãs de “Hollywood” com a possibilidade de continuação da série, ambientada na década de 60. Com os mesmos atores em novos papéis.

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Andy Santana

CEO do Soda Pop, fotógrafo, inquieto, formado em moda e que ama música. Não exatamente nesta mesma ordem!

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