#Crítica: Segunda temporada de “Coisa Mais Linda” discute problemas de 1960 como se fossem atuais [e são]

A segunda temporada da série brasileira “Coisa Mais Linda”, ambientada no Rio de Janeiro dos anos 1960, chegou à Netflix na última sexta-feira (19). Com as amigas Malu (Maria Casadevall), Thereza (Mel Lisboa) e Adélia (Pathy Dejesus) discutindo temas que são tão atuais que nem parece que já se passaram 60 anos e continua a mesma ignorância.

Questões como a cor da pela da protagonista e a subversão do papel da mulher, são dois pontos fortes abordados nesta temporada, que dá uma segunda chance às amigas para resolverem pendências do passado, seja enfrentando seus medos ou seguindo em frente com suas incertezas.

É notório discutirmos hoje a questão do racismo, já que é algo que está na base da sociedade brasileira – excluir uma pessoa pela cor de sua pele, não tolerar “privilégios” e privar humanos que não sejam de pele alva, era algo comum na corte carioca, o que choca é ver que o Estado continua cometendo os mesmos erros do passado, matando pessoas pela sua cor e justificando os meios como algo normal.

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Outro ponto que causa repúdio é a distinção entre homem e mulher, colocando o ser feminino como algo inferior, baixo e insignificante, onde a tolerância é a única opção e a salvação do casamento de fachada. ‘Coisa Mais Linda’ aborda a revolução que mulheres como a Malu, foram necessárias para mostrar que perante a lei, somos todos iguais.

A série aponta a transformação da sociedade que vê com a chegada da televisão, um novo mundo a sua frente. O poder feminino ganha força e um crime deixa aberta porta para a terceira temporada, que esperamos não demorar para chegar ao streaming, já que uma série tão sutil não merece permanecer tanto tempo ausente.

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Andy Santana

CEO do Soda Pop, fotógrafo, inquieto, formado em moda e que ama música. Não exatamente nesta mesma ordem!

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