Don Juan e Hariel, são os novos contratados da Warner Music Brasil

Don Juan e Hariel são os novos contratados da Warner Music Brasil. Os dois, apesar da pouca idade, se destacam no cenário funk de São Paulo com vídeos e singles de audiência no YouTube e nas plataformas digitais. A companhia, que há tempos tem dado atenção ao universo do batidão – apostou as fichas nas então iniciantes Anitta e Ludmilla – não demorou para atender ao novo pop mais uma vez ao apostar nos dois talentos do pancadão que são hoje os principais nomes da cena. 

Os artistas começaram as carreiras de sucesso em parceria com a GR6 – uma das maiores produtoras de funk do país, escritório responsável até hoje pelo agenciamento de Don Juan e Hariel.

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Mais um marco na história da Warner Music Brasil:

No showbiz brasileiro atual, MCs carregam o mesmo status que roqueiros das décadas de 80 e 90: representam não apenas um modelo de comportamento, mas também influenciam na moda e vocabulário. Além disso, a falta de preconceito na hora de se unirem a outros gêneros musicais faz com que eles sejam aceitos pelos mais diferentes tipos de público e, não raro, ultrapassa estilos que até então eram tidos como hegemônicos. Em maio passado, por exemplo, o funk bateu o sertanejo no ranking de artistas mais consumidos do YouTube.

Don Juan e Hariel são ícones do funk de São Paulo, um estado que tem exportado verdadeiros talentos do pancadão. E é bom deixar claro que, embora a raiz seja a mesma, há diferenças grandes entre uma escola e outra. O Rio de Janeiro, matriz do funk, hoje é adepto de um estilo frenético, o das 150bpms. Em São Paulo, o gênero se funde a outras escolas musicais, como o forró e até o sertanejo.

No quesito letras, os cariocas por muito tempo apostaram no duplo sentido e no proibidão, uma vertente cujas letras faziam referências explícitas ao sexo e a uma visão digamos, glamurosa, do mundo do crime. São Paulo explodiu o funk ostentação, com um discurso materialista, mas também nunca deixou o sexo e o duplo sentido de lado. Um tipo de verso que hoje se faz presente no trap, gênero oriundo do rap e que foi adotado por muitos dos funkeiros paulistas.

O funk hoje, goste-se ou não é uma realidade. E quem se despir do preconceito irá se deparar com artistas bons de rima, versejadores natos e que despejam versos com uma levada bem ritmada, e com produções que não deixam a desejar com o que há de melhor no pop internacional. MC Hariel e Don Juan são o que o funk de melhor no quesito popstar: meninos que unem carisma, talento e ousadia. São os roqueiros dos tempos atuais.

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Andy Santana

CEO do Soda Pop, fotógrafo, inquieto, formado em moda e que ama música. Não exatamente nesta mesma ordem!

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