Fotógrafa Priscila Prade ganha exposição no Espaço Cultural Brica Braque

No início da pandemia, morando sozinha e confinada já há alguns meses, a fotógrafa Priscila Prade leu e releu diversos livros e passou se fotografar como forma de passar o tempo e ocupar a mente. Envolvida fortemente por este processo, teve a inspiração para a exposição e o livro Corpo Em Quarentena. A mostra acontece de 4 a 10 de outubro, no Espaço Cultural Brica Braque, com entrada franca. Artesanal e de tiragem limitada, o livro de 90 páginas custa R$ 150,00. As fotos da exposição estarão à venda e o valor de cada obra vai variar conforme seu acabamento.

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Meses sozinha em casa, autoconhecimento, desejo, identidade e muita inquietação. Corpo em Quarentena surgiu de uma série de autorretratos que produzi durante o inicio do isolamento social (pandemia mundial da Covid-19). A partir dessa experiência, fui impulsionada a criar um grupo de estudos artísticos de fragmentos filosóficos e imagéticos sobre o erotismo“. Propositalmente, o trabalho foi embasado na produção textual de autores renomados, de ambos os gêneros, para nortear o processo criativo do grupo, sob a ótica feminina e masculina.

Depois do estudo, as sessões de fotos

Priscila divulgou nas redes sociais um convite para interessados na inscrição em um grupo de estudos sobre autoconhecimento e o isolamento da pandemia. O retorno foi expressivo e imediato. Na manhã seguinte ao post, 96 interessados se apresentaram. Ela suspendeu as postagens e passou a telefonar a todos. Um a um, ligou para conversar, entender o motivo do interesse, explicar qual seria sua proposta e informar da disponibilidade de apenas 12 vagas.

Priscila faria uma seleção de acordo com objetivos em comum e a aceitação de serem fotografados no final do processo. O grupo de 12 pessoas, selecionadas entre 96 inscritos, ocorreu durante oito meses de forma remota, através de encontros semanais virtuais e como resultado, produziram em conjunto, 12  ensaios fotográficos, apresentados quase que como ‘versos; estrofes corporais’, ressignificando paixões, feridas e cicatrizes coletivas e individuais. Os encontros semanais, com duração de 120 minutos, não raro chegavam a ter quatro horas, durante esse tempo liam e debatiam trechos dos livros e ensaios prediletos da fotógrafa.

Os participantes traziam sugestões de textos também. “Do Bataille, lemos, principalmente, a obra O Erotismo e A História do Olho. De Hilda, passamos por praticamente toda sua obra poética, como também pelos clássicos A Obsena Senhora D e O Caderno Rosa de Lory Lamb. Após o término do estudo, as sessões de fotos aconteceram com base em ideias de cada um dos fotografados.

Serviço:
Exposição Fotográfica e Lançamento de Livro 
De 4 a 10 de outubro, das 14 às 20 h
No Espaço Cultural Brica Braque – r. Dr. Seabra, 900. V Madalena
Entrada gratuita – Reserva de horário pelo whatsapp 11-9.6660-9120
@espacoculturalbricabraque

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Andy Santana

CEO do Soda Pop, fotógrafo, inquieto, formado em moda e que ama música. Não exatamente nesta mesma ordem!

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