Marianna Alexandre fala sobre sua primeira novela: “Gênesis”

Após pausa nos palcos, a atriz Marianna Alexandre se aventura em sua primeira novela na televisão, em “Gênesis” da Record TV, Mari será Amarilis, na última fase da novela. Nesta entrevista, revela quais foram os desafios com a personagem e como está animada com a perspectiva de ver sua personagem ser dublada no Chile, onde a novela deve estrear em breve. Confira com exclusividade a entrevista:

Soda Pop: Como surgiu o convite para interpretar a Amarilis, em “Gênesis”?
Marianna Alexandre: Não foi um convite direto, a oportunidade surgiu através da minha agência. Havia realizado um teste em novembro de 2019 para uma outra fase da novela, mas acabei não sendo selecionada nele. Meses depois recebi uma ligação dizendo que tinha sido aprovada para o papel da Amarilis, irmã do Faraó Sheshi, na fase de ‘José’. Foi o primeiro passo para a realização de um sonho!

SP: Você se identifica com as características da sua personagem?
MA: Sim, muito! Mesmo com Amarilis vivendo em uma época tão distante da nossa, sinto como se ela vivesse aqui, ao meu lado. Ela é curiosa e sabe o que quer, além de amar muito o irmão e querer cuidá-lo, o que me lembra a relação que tenho com a minha irmã mais nova.

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SP: Como está encarando este desafio de fazer sua primeira novela?
MA: Está sendo uma baita oportunidade. Tinha grandes expectativas no início do processo, mas toda a experiência foi ainda melhor do que eu imaginava. A produção televisiva realmente difere da teatral, com a qual estou mais acostumada, e acho que é por isso que me encanta tanto! Posso explorar uma interpretação mais intimista na personagem, o que traz uma carga de realismo mais forte, tanto para a produção em si quanto para a minha atuação. Sempre acreditei que esse universo é um grande desafio para qualquer ator e me sinto muito feliz e honrada de hoje poder encará-lo rs.

SP: Em tempos de pandemia, todo o processo de produção deve ter sofrido adaptações. Como foram as preparações para a personagem?
MA: Contei com a ajuda da Vera Freitas, minha preparadora de elenco, por meio de encontros online principalmente. Como a TV foi uma realidade nova para mim, ela me ajudou a dosar e lapidar a Amarilis, a partir de jogos cênicos com os outros artistas do meu núcleo, criando assim uma maior conexão entre nós e as nossas personagens.

SP: Qual o maior desafio encontrado para gravar na pandemia?
MA: Acredito que o maior desafio de trabalhar com arte na pandemia tenha sido o fato de precisarmos lidar diretamente com pessoas. Por conta disso, tivemos que incorporar algumas medidas de precaução em nossas rotinas profissionais. Além dos cuidados habituais, frequentemente fazíamos o teste PCR (exame de Covid-19) para assegurar que estávamos livres do vírus e somente durante as gravações é que tirávamos a máscara.

Marianna Alexandre (Foto: Arquivo Pessoal)

SP: Qual sua relação com as obras bíblicas? Faria um outro trabalho neste ramo da teledramaturgia?
MA: As obras bíblicas são muito importantes, pois estamos contando uma história de domínio público. Adorei muito interpretar uma personagem desse universo, e com certeza faria de novo, pois sou apaixonada por trabalhos que retratam outras épocas, considerando que já tive essa oportunidade também no teatro e no cinema.

SP: Tem alguma curiosidade das gravações que você pode revelar?
MA: Passei por vários momentos inesquecíveis, tem um em especial que ainda não posso revelar pra vocês, inédito na trama toda. Mas posso assegurar que tudo foi pensado com a ajuda de especialistas/historiadores, para retratar tal situação e período histórico o mais fielmente possível.

SP: Na novela você precisou contracenar com animais. Como superou o medo? (No caso de ter sido mais de um, algum te deu mais pavor?)
MA: No Egito, o gato tem uma simbologia significativa, então existem gatos em todos os cantos do palácio, inclusive nos cenários em que eu gravava. Muitos que me conhecem sabem que morro de medo de animais, principalmente de cachorros e gatos, e uma vez a diretora pediu para que eu fizesse uma cena inteira com um felino no colo. Eu me lembro de respirar bem fundo e falar comigo mesma: ‘-Marianna, você consegue. Não é você, é a Amarilis, ela ama gatos!’ Dito e feito: gravei a cena toda o mais tranquila que pude. Foi um momento muito marcante pra mim.

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SP: Como você observa este legado do audiovisual sobre as histórias bíblicas?
MA: Sempre que assisto aos capítulos, consigo identificar situações que vivemos até hoje, então acho que eles podem funcionar como um exercício de reflexão de nosso próprio cotidiano. Como o próprio slogan da novela diz: “para entender o presente, temos de voltar ao início”.

SP: Em breve Gênesis deve ser exibida na TVN, do Chile, seguindo o mesmo caminho de outras novelas da Record TV. Como você avalia essa possibilidade de extensão do trabalho, podendo alcançar outros públicos e ter essa visibilidade internacional?
MA: Já estava muito ansiosa para a estreia aqui no Brasil, no Chile então, não vejo a hora! Vai ser muito interessante me ver dublada, pois, como sou dubladora, estou acostumada a ver a minha voz em diversas personagens, mas não vozes diferentes nos meus trabalhos. Com certeza, a visibilidade internacional será muito positiva para a minha jornada como artista e tudo que virá pela frente.

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Andy Santana

CEO do Soda Pop, fotógrafo, inquieto, formado em moda e que ama música. Não exatamente nesta mesma ordem!

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