Musical conta a história de Brenda Lee, o “anjo da guarda das travestis”

Nova produção do Núcleo Experimental conta a história da travesti Caetana, também conhecida como Brenda Lee, que se tornou um marco na luta por direitos LGBTQIA+. Brenda Lee e o Palácio das Princesas tem dramaturgia, letras e direção de Fernanda Maria, direção e figurinos de Zé Henrique de Paula e música original de Rafa Miranda. 

O musical, que conta com seis atrizes transvestigêneres (Verónica Valenttino, Olivia Lopes, Marina Mathey, Tyller Antunes, Ambrosia e June Weimar) e um ator cisgênero (Fabio Redkowicz), fala sobre a luta das travestis nas ruas de São Paulo, a escassez de oportunidades que as impele à prostituição e sobre como foram apoiadas por Brenda, que acolheu em sua casa, as doentes de Aids numa época em que quase nada ainda se sabia sobre a doença. 

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Brenda Lee, nascida em Pernambuco, em 1948, foi uma militante transexual dos direitos da população LGBTQIA+. Morando em São Paulo, comprou um sobrado no bairro do Bexiga e começou a acolher travestis portadoras do vírus HIV numa época em que quase nada se sabia sobre a epidemia e em que o preconceito condenava pessoas com HIV ao abandono e à solidão.

A importância de Brenda Lee foi enorme, sua casa de apoio e acolhimento à população trans ficou conhecida como Palácio das Princesas, firmou convênios com a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e com o Hospital Emílio Ribas e em conjunto, aprimoraram a forma de atender pacientes soropositivos, independente de gênero, sexo, orientação sexual e etnia. Aos 48 anos, em 28 de maio de 1996, no auge de seu projeto, Brenda foi assassinada, encontrada no interior de uma Kombi estacionada em um terreno baldio com tiros na região da boca e no peitoral. O crime teria sido motivado por um golpe financeiro cometido por um funcionário da casa. Em 2008, foi criado o “Prêmio Brenda Lee”, que contempla personalidades que se destacam na luta contra o HIV e prevenção da Aids.

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Sinopse:
O musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas traz um pouco da história de Brenda Lee, chamada de o “anjo da guarda das travestis”, ativista que fundou a primeira casa de apoio para pessoas com HIV/Aids, do Brasil.  Ela tem uma pensão para travestis que, em sua maioria, vivem da prostituição. Apesar da realidade de violência em que vivem, dentro da casa as travestis são acolhidas por Brenda, que lhes ensina a querer mais da vida. 

Serviço:
Temporada: 14 de outubro a 19 de novembro 
Sessões diárias, às 21h, pelo canal do Núcleo Experimental no Youtube. 
Nos dias 12, 13 e 14 de novembro (sexta e sábado, às 21h / domingo, às 19h) o espetáculo também será transmitido pelas redes sociais do Teatro Alfredo Mesquita e nos dias 19, 20 e 21 de novembro (sexta e sábado, às 21h / domingo, às 19h) o espetáculo também será transmitido pelas redes sociais do Teatro Paulo Eiró.
Grátis
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 1h40

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Andy Santana

CEO do Soda Pop, fotógrafo, inquieto, formado em moda e que ama música. Não exatamente nesta mesma ordem!

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