Resenha: Missão Havana
Realidade ou ficção? Esta e outras perguntas ficam sem respostas no livro “Missão Havana” de Rodrigo Bittencourt, o múltiplo artista (diretor de cinema e TV, roteirista, músico e poeta) faz de propósito, confundir e indagar o leitor a refletir sobre a história escrita em formato de roteiro de filme.
Havana é invadida pelas palavras do narrador, um diretor de cinema – Roberto Bandite – que está em Cuba de férias com o propósito de descansar com seu amigo e sócio Maurício Duke. Ao ser confrontado com as irregularidades do sistema socialista utópica de Fidel Castro, RB começa uma desenfreada jornada jornalística investigativa, a fim de expor as atrocidades do país.
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Acompanhados de Yasmin, jovem guerrilheira cibernética, que enfrenta o sistema e sonha com uma democracia, ela relata os problemas precários em que a população vive: falta de suprimentos básicos como sabonete, creme dental, absorvente e até de saúde, como a falta de agulhas para seringas. Estes motivos são fortes suficientes para despertar nos cineastas a vontade de acabar com a ditadura Castro.
A ideia ao ler o livro é de imaginar em um filme/documentário. E isso é possível com a forma que Rodrigo monta os capítulos. Há regressões entre capítulos, como as cartas escritas e destinadas a alguns personagens, bem como o seu final, onde o personagem ou autor divagam sobre a vida e fazem um convite ao leitor, a refletir sobre os vários pontos de vistas, deixando um final aberto sobre o que aconteceu com os personagens principais.
Livro: Missão Havana
Autor: Rodrigo Bittencourt
Editora: Hanoi
Avaliação: 4/5
Páginas: 112